CURITIBA (BRASIL)

VUNERABILIDADE  DA INFÂNCIA INDÍGENA                                                                         Ingles


No Brasil existem territórios que os indígenas brasileiros chama de lar. Ao todo, são cerca de 305 povos  indígenas, com uma população de cerca de 900.000 habitantes, distribuídos por todo o território nacional. Os povos que ainda habitam suas próprias terras, lutam dia a dia para manter seu espaço e sua vida, mas uma boa parte da "população indígena" do Brasil migrou para áreas urbanas, apesar dos laços familiares, da língua, da cosmologia e da conexão com o solo de seus antepassados. A razão de sua partida é, muitas vezes, a necessidade de encontrar trabalho, estudar ou buscar tratamentos de saúde.

Não é incomum ver indígenas que migram das aldeias indígenas  para as cidades e neste percurso, começam a viver em situação de vunerabilidade , sem proteção social, abaixo da linha de pobreza e sendo discriminados no mercado de trabalho, no mercado imobiliário, dentro do sistema de saúde e na convivência cotidiana com não indígenas. Os homens são muitas vezes pressionados a oferecer mão-de-obra barata. As mulheres fazem trabalho doméstico com outras famílias ou vendem produtos tradicionais de arte ou artesanato.


Para as crianças, hoje no Brasil, não há lugar seguro. A criança indígena corre perigo em qualquer lugar. Nas aldeias, são vítimas de um sistema que força  a implementação dos empreendimentos que invadem as comunidades, da negação das demarcações de terra e muitas vezes da falta de assistência à saúde e a redução dos espaços onde vivem as famílias indígenas, o que impossibilita até mesmo a plantação de produtos para a subsistência. Nas cidades, muitas crianças frequentam a escola apenas por um curto período, porque desde pequenas elas precisam trabalhar para ajudar a família a sobreviver de acordo com Unicef. Pesquisa da Revista Saúde e Direitos Humanos sobre a saúde infantil indígena no Brasil mostram que elas têm um risco muito maior de desnutrição e abuso. Racismo e discriminação de gênero são algumas pautas que norteiam a decisão cruel das autoridades de alguns Estados de afastar crianças de suas famílias, entregando-as à adoção sem consentimento da família, para famílias não indígenas. Afastadas de suas origens, esquecem sua língua e seus costumes, perdem a conexão com seus antecedentes e sua história - uma história que se repete de tempo em tempo no Brasil.

 

10CHILDREN coloca a vida das crianças indígenas no centro das atenções. Como as crianças lidam com sua realidade, seja na cidade, seja nas aldeias? Qual é a história de sua família? Como é sua vida diária, quais são suas limitações, possibilidades? Qual é a sua posição na família, na sociedade em que habita?  Eles têm uma chance justa de se conectar com sua herança ancestral, sem passar por processos discriminatórios, independente da localidade onde estão? E como eles vêem seu futuro?


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 Bebe Soares about

 10CHILDREN Curitiba

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